Celebrar a Vida: Entre Desafios e Vitorias.
- Mundo Com ELA
- 11 de jul.
- 2 min de leitura
Sempre fui aquela pessoa que conta os dias para o próximo aniversário e para as festas de fim de ano. Para mim, essas datas têm um significado especial: são momentos de celebrar a vida ao lado das pessoas que mais amo. Nada me faz mais feliz do que reunir amigos e familiares, rir juntos, compartilhar histórias e criar memórias inesquecíveis. Essas celebrações são o meu jeito favorito de agradecer pela vida e fortalecer os laços com quem faz parte da minha história.
Recentemente, celebrei mais uma primavera — mais um ciclo que se fecha e outro que se inicia. Confesso que, ao "soprar as velas", meu maior desejo foi simples e profundo: estar aqui, daqui a 12 luas cheias, 365 dias, para comemorar mais um ano de vida, mesmo convivendo com essa hóspede indesejada chamada Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA).
Viver com ELA é um desafio diário, uma presença maligna e sem cura que insiste em me acompanhar. Às vezes, tudo o que mais queria era me livrar dessa desgraça e voltar a ser quem eu era antes de tudo isso, antes da ELA; ouvir minha risada, que a ELA silenciou há quase doze anos; dançar, cozinhar e ser livre para fazer o que eu quiser nesta vida... Mas sigo firme, agarrado à esperança de dias melhores e ao amor das pessoas que me cercam. Cada aniversário, cada festa, é uma vitória — e, enquanto houver motivos para celebrar, vou continuar lutando para que a vida seja maior do que qualquer doença. No fim das contas, a ELA pode até limitar meu corpo, mas jamais poderá aprisionar meu espírito ou o desejo ardente de viver e amar.
Que essa seja a nossa maior lição: a vida é um presente, e celebrá-la, em todas as suas formas e desafios, é a maior das conquistas.











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